sexta-feira, 26 de junho de 2009

Amistad

Amistad

A Revolta Amistad

Linha de tempo

1839
Tradução: Bernhard Sydow
para alunos do PROEJA
do Instituto Federal RS
Campus Porto Alegre
Abril de 2009
A propósito da apreciação
do filme Amistad de Steven Spielberg
na disciplina Arte Educação – Música
tema: Cultura Africana

Janeiro: Sengbe Pieh (Cinque), um Mende, é seqüestrado e vendido ao tráfico de escravos no interior do oeste da África.

Início de Abril: O navio negreiro espanhol Tecora carrega escravos em Lomboko, na enseada do rio Gallinas, na costa ocidental da África a sul da colônia britânica se Serra Leone.

(2 meses mais tarde) Fins de Junho: Os africanos são levados até barracões em Havana. Jose Ruiz, um agricultor espanhol de Puerto Principe, adquire 49 homens adultos, pagando $450 por homem. Pedro Montes, outro agricultor da mesma região, adquire 4 crianças, 3 das quais meninas.

22 de Junho: Pedro Montes obtém passaportes para transportar seus “ladinos” para Puerto Príncipe.

26 de Junho: Ruiz obtém passaportes para transportar seus “ladinos” para Puerto Príncipe.

26 de Junho: Ruiz obtém passaportes para transportar seus “ladinos” para Puerto Príncipe.

28 de Junho: Ruiz e Montes atravessam Havana com seus 53 escravos, embarcam no navio escuna Amistad às 8 h. Perto da meia noite levantam âncora e põe-se a caminho.

1º de Julho: Na terceira noite em que estão fora, Cinque e Grabeau libertam e armam primeiro a si e depois aos outros.

2 de Julho, 4 horas da manhã: REVOLTA.

(durante os próximos 2 meses o Amistad navega a oeste de dia, a norte durante a noite, atravessando as Bahamas e subindo a costa Norte Americana , em águas territoriais dos Estados Unindos.)

Fins de Agosto: Quando passam por Nova Iorque, o “navio negreiro” encontra vários práticos (botes guia), levantando rumores entre a pirataria.

25 de Agosto: O Amistad ancora em Long Island e alguns vão à terra para obter provisões. No fim da tarde, Henry Green e companhia encontram os africanos que foram à praia.
Agosto de 1839

26 de Agosto: de manhã cedo o tenente Richard W. Meade, comandando o navio brigue USS Washington surge no cenário, prende a escuna (Amistad) e a leva, sob escolta, até New London.

27 de Agosto: Amistad alcança New London. U.S. marechal Norris Willcox notifca o juiz federal distrital Andrew T. Judson.

Durante a investigação a bordo do Washington, Ruiz e Montes reclamam a propriedade dos 39 homens africanos sobreviventes, as 4 crianças e o cozinheiro crioulo Antonio.

O juiz Andrew T. Judson ouve testemunhas a bordo do Washington e decide abrir grande julgamento na corte de Hartford em Setembro. Os africanos são levados à prisão de New Haven.

2 de Setembro: A peça de teatro "The Long, Low Black Schooner" baseada na revolta do La Amistad é encenada no Bowery Theater em New York City.

4 de Setembro: abolicionistas de Nova Iorque anunciam a formação do “Amistad Committee” para angariar fundos para constituir um advogado e dar suporte aos africanos na prisão. Pastores Lewis Tappan, Reverendo.. Joshua Leavitt, e Reverendo Simeon Jocelyn são os líderes.

6 de Setembro: o ministro espanhol em Washington requer oficialmente a devolução dos prisioneiros do Amistad para Cuba para serem julgados por motim e assassinato

9 de Setembro: professor Josiah Gibbs de Yale encontra pessoas de fala Mende nas docas de Nova Iorque -- James Covey e Charles Pratt – e os leva a New Haven para entrevistar os africanos.
Abolicionistas de Nova Iorque nomeiam para o Amistad Committee Lewis Tappan, Joshua Leavitt, e Simeon Jocelyn para angariar fundos para a defesa dos prisioneiros do Amistad.

19 de Setembro: Inicia a primeira parte do julgamento na corte de Hartford, sob a presidência do juiz Thompson.

23 de Setembro: embora expresse sua dúvida sobre a legalidade da escravização dos africanos, o juiz Thompson nega sua moção para obtenção de habeas corpus, mantendo os sob custódia na prisão de New Haven.

17 de Outubro: Tappan leva os africanos a registrarem queixa contra Ruiz e Montes por assalto e espancamento e falso aprisionamento. Os espanhóis são retidos na cidade de Nova Iorque.

22 de Outubro: iniciam as audiências na corte de Nova Iorque Common Pleas, presididas pelo juiz Inglis.

Em uma semana a corte libera Montes, e reduz a pena de Ruiz. Montes foge para Cuba. Ruiz também foge (eventually makes bail and flees as well).

19 de Novembro: inicia a segunda fase do julgamento na corte federal distrital de Hartford, sob a presidência do juiz Judson.

Abolicionistas tentam tornar o caso equivocado sob o fundamento de que “salvage” deveria ter sido levada a Nova Iorque. Introduzem evidências que demonstram que os africanos não foram escravizados legalmente. A corte posterga as audiências até Janeiro, e as transfere para New Haven.
O depoimento de Madden reforça a percepção popular de que os africanos são boçais (bozales, da África), não ladinos (latinizados).

1840

2 de Janeiro de 1840: o Secretário de estado John Forsyth ordena que a Marinha prepare o transporte dos africanos para Cuba assim que a decisão da corte distrital seja publicada, antes que uma apelação possa ser registrada. A Marinha manda o navio USS Grampus no porto de New Haven para este propósito.

7 de Janeiro: Encerra-se o julgamento da corte distrital em New Haven. O representante distrital legal dos Estados Unidos para Connecticut William S. Holabird anuncia que o governo espanhol juntou reclames de Ruiz and Montes com os dos Estados Unidos.
Várias testemunhas depõe que os negros são africanos, Mendes, bozales.
8 de Janeiro: Cinque testemunha, descrevendo sua captura, escravização, passagem intermediária, venda em Havana, revolta, encontro com Green.

Grabeau e Fuliwa também testemunham.

13 de Janeiro: o juiz Judson afirma a jurisdição da corte distrital, e rejeita a reclamação de Green. A corte decide conceder a posse sobre os resgatados para Gedney e os dois espanhóis. A corte também decide que os africanos não forma escravizados legalmente. Sobre a questão de assassinato e pirataria, a corte afirma que somente um tribunal espanhol pode legislar, a lei espanhola só teria efeito se os africanos forem bozales, como eles não o são, não há razão para retorná-los a Cuba.

A corte coloca os cativos sob a responsabilidade do presidente dos Estados Unidos, para que retornem para a África.

O navio U.S.S. Grampus parte de New Haven.

O presidente Van Buren ordena o representante legal dos Estados Unidos para apelar da decisão da corte distrital, na corte regional no próximo mês de Abril. Os espanhóis também apelam.

14 de Abril: a propósito de uma moção de John Calhoun, o senado aprova uma resolução declarando que um navio em alto mar em tempos de paz e em viagem legal fica sob a única jurisdição do país proprietário.

29 de Abril: o próximo segmento do julgamento abre na corte regional de New Haven, presidida pelo juiz Thompson. Thompson confirma formalmente a decisão da corte distrital, passando a responsabilidade pelo julgamento final para a Suprema Corte dos Estados Unidos.

16 de Junho: uma exibição de figuras de cera dos africanos do Amistad é apresentadada no museu de Peale na cidade de Nova Iorque.

10 de Dezembro: John Quincy Adams acusa a administração de Van Buren de falsificar documentos do caso Amistad no Congresso dos Estados Unidos (House of Representatives). Uma comissão é nomeada para investigar o caso.

1841

4 de Janeiro de 1841: A Casa de Representantes do Congresso dos Estados Unidos aprova o relatório da Comissão de Adamas, mas não recrimina a administração.

22 de Fevereiro: A Suprema Corte dos Estados Unidos começa a ouvir o caso Amistad.

23 de Fevereiro: A Suprema Corte continua o processo. Baldwin conclui seus argumentos.

24 de Fevereiro: Adams inicia a sua defesa.

1º de Março: Adams continua.

2 de Março : Procurador Geral Henry D. Gilpin conclui argumentos pelos Estados Unidos.

9 de Março: Justice Story delibera a decisão da Corte, afirmando a liberdade dos africanos.25 de Novembro: Publicação

Fins de Março : Antonio, o cozinheiro, desaparece, ressurgindo um mês mais tarde em Montreal.

Os africanos são movidos de Westville para Farmington, Connecticut.

19 de Março: A Corte remove as meninas africanas da custódia de Pendleton, colocando-as junto aos outros africanos.

12 de Maio: os africanos aparecem antes de uma audiência diante de milhares de pessoas no New York City's Broadway Tabernacle para apresentar suas aprendizagens e recontar sua história de sua escravização e revolta -- parte de uma longa jornada para angariar fundos para financiar sua viajem de retorno.

Agosto: Foone morre afogado, o que parece ter sido um suicídio.

18 de Agosto: a convenção de uma assembléia em Hartford, Connecticut na Igreja Congregacional dirigida pelo abolicionista afro-americano James W. C. Pennington funda a Union Missionary Society, para promover a patrocinar missões evangélicas na África. Todos os africanos do Amistad comparecem à convenção, pois a “Missão Mende" será a primeira e principal iniciativa. Pennington é eleito Presidente.

27 de Novembro: Trinta e cinco sobreviventes partem de Nova Iorque para a África a bordo do Gentleman, acompanhados por dois Americanos negros, Mr. and Mrs. Henry Wilson, e três brancos, Rev. e Mrs. William Raymond e Rev. James Steele, para desenvolver a “Missão Mende.”

1842

Janeiro: Os africanos chegam a Serra Leone.

1844

Após vários inícios fracassados, Rev. Raymond estabelece uma missão em Komende na região de Sherbro. A esta altura os sobreviventes do Amistad já se dispersaram.

1846

A Comissão Amistad transforma-se na Associação Missionária Americana (American Missionary Association), assumindo responsabilidade financeira pela Missão Mende.

A menina Margru retorna aos Estados Unidos, estuda no Oberlin College, de 1848 a 1849, antes de retornar a Serra Leoa como missionária Sara Margru Kinson.

Fonte: http://academic.sun.ac.za/forlang/bergman/real/amistad/history/msp/t_amistad.htm